HORA DO DESFRALDE!

Um momento bastante angustiante para pais e mães é o desfralde das crianças, não é mesmo?

Preocupações com relação à idade correta, dúvidas sobre os sentimentos da criança nessa transição e questionamentos relacionados a qual melhor método seguir tiram o sono de qualquer família.

Além disso, é comum os pais se inquietarem com a questão do uso da fralda durante a madrugada e da melhor estação do ano para tal mudança. Inúmeras interrogações permeiam essa fase!

Questões financeiras, praticidade quando há famílias com mais de um filho pequeno e comparações com a própria história de vida e com a dos outros (vizinhos e amigos) também são elementos que preocupam as famílias.

Para que esses questionamentos sejam suavizados é importante refletirmos sobre o processo de desfralde e entendermos essa fase do desenvolvimento da criança. Acreditamos que o segredo do sucesso é respeitar o momento da criança, uma vez que ela precisa já ter desenvolvido a capacidade física de segurar as necessidades (ou seja, tem controle esfincteriano).

A grande questão é que existem crianças que conseguem fazer isso já com um ano e meio e outras que só vão estar prontas depois de completar três anos. Então tomar como base outras experiências (de colegas da turmas, primos ou vizinhos, por exemplo) ou a própria experiência nem sempre é um bom caminho, afinal cada criança é uma e precisa ser respeitada em seu tempo.

Logo, adiantar o processo vislumbrando que o filho “se livre” rapidamente das fraldas porque está incomodando a rotina familiar ou dando muito trabalho não é recomendado, uma vez que acaba levando mais tempo e a criança pode passar por situações desnecessárias que marcarão sua infância. Ou seja: começar antes da hora dá muito mais trabalho, e é bem mais estressante para toda a família.

Dessa forma, a primeira coisa a fazer é se atentar para sinais que mostram que seu filho está pronto para essa independência. Andar com firmeza e até correr, fazer bastante xixi de cada vez e cocô sólido em horários previsíveis ou até ficar seco por algumas horas são alguns exemplos.

Ainda, pensando pelo lado do comportamento, conseguir ficar sentado na mesma posição por minutos, conseguir abaixar e levantar as calças, se incomodar quando a fralda está suja, demonstrar interesse nos hábitos de higiene também são sinais muito valiosos.

E para finalizar, entender que cada coisa tem o seu lugar, ter palavras certas para mencionar o xixi e o cocô, entender seus sinais físicos de que está com vontade de ir ao banheiro e até o fato de a criança conseguir pedir para ir é demasiadamente importante.

Se os pais acreditam que essas questões já estão superadas, então hora é arregaçar as mangas e começar com tranquilidade todo o processo. Procure um momento sem grandes mudanças à vista (não deixe coincidir com mudanças de escola, chegada de um irmão ou até mesmo retirada de chupeta) e providencie o aparato correto! Além do penico e do adaptador, livros e desenhos sobre o assunto, busque recursos que possam deixar o momento mais suave para todos.

Para auxiliar nesse processo a cueca/calcinha de desfralde da Colo de Mãe pode ser uma aliada. Desenvolvida com todo o cuidado no acabamento para evitar machucar a pele das crianças, a cueca/calcinha de desfralde da Colo de Mãe tem como principal objetivo segurar o escape do xixi, algo muito comum na fase do desfralde.

O seu diferencial é que quando escapa um pouquinho de xixi a criança estranha a sensação de molhado em sua cueca ou calcinha, o que facilita e ajuda no aprendizado de que algo diferente aconteceu e precisará ser resolvido (diferente da fralda descartável que possui uma camada de gel que não possibilita a criança perceber o escape). Ao inserir o seu uso na rotina é possível evitar aquelas situações de molhar toda a roupa em momentos de passeio, por exemplo, além de contar com o desenvolvimento da autonomia da criança quanto a seu controle esfincteriano.

Sua função não é substituir a fralda descartável, mas ser um recurso que ajudará a mãe neste momento de transição, em que o escape do xixi é natural e precisa ser encarado com tranquilidade para que a criança não se desencoraje a tentar usar o banheiro e avisar os adultos que está querendo fazer xixi.

Depois de passado o processo do desfralde as cuecas e calcinhas podem ser usadas como produto alternativo das fraldas para água (na natação, por exemplo), em momentos de inteiro envolvimento da criança em que pedir para fazer xixi pode ficar para segundo plano, como momento de brincadeiras e aniversários.

Consideramos o momento do desfralde de suma importância para o desenvolvimento emocional das crianças, cujas marcas, positivas ou negativas, permearão a vida de cada pessoa.

Há estudos que revelam que inseguranças relacionadas ao aprendizado ou a situações diárias de tomada de decisões podem estar relacionadas a momentos conturbados nesta fase, além das questões biológicas que podem ser motivadas nesse período, como problemas urinários e intestinais.

Lidar com esse momento, que envolverá repetição de ações e comandos, contorno de birras, suavização de momentos difíceis com histórias e senso de humor, diálogo, diálogo e muito diálogo ( em vez de pressão e broncas), não tem receita pronta, mas com amor, dedicação, paciência e os recursos certos temos certeza que tudo ocorrerá da melhor maneira possível.

 

 

Danielle Gross de Freitas

Pedagoga e Mestre em Educação pela Universidade Federal do Paraná, Especialista em Gestão de Pessoas e Psicopedagoga. Possui experiências pedagógicas no Ensino Fundamental, Médio e Superior, atuando como Professora, Pedagoga Escolar, Psicopedagoga clínica e Docente do Ensino Superior, proprietária do Espaço Mediação Pedagogia e Psicopedagogia.

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